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Pesquisadores reconstituem rosto de homem que viveu em Minas há mais de 10 mil anos
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Publicado em 05/05/2017

Um fóssil de mais de 10 mil anos, encontrado em Lagoa Santa, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em 1945, ganhou um rosto graças à tecnologia. Há dois meses, o pesquisador Cícero Moraes entrou em contato com o Museu da Lapinha que abriga um sítio arqueológico. Mais de 700 fósseis foram descobertos na região.

“O programa converte o crânio em 3D e, a partir desse crânio, nós enviamos os dados a um especialista da área forense que fala se é um homem, se é mulher, a ancestralidade, se é asiático, africano, europeu. No caso desse crânio o perito legista aferiu que se tratava de um homem com características asiáticas e no mínimo 28 anos”, explicou.

O perito fez um trabalho às cegas, sem ser influenciado pelas informações que os pesquisadores do museu já tinham sobre como seria o ancestral.

“Eu da primeira vez chorei, porque eu sempre tive muita curiosidade, sempre vi esses fósseis como pessoas. Quando você abre um túmulo, um cemitério pré-histórico, muitas pessoas só têm aquele olhar científico e essas pessoas depois de terem o rosto reconstituído se tornam pessoas mais presentes, mais próximas de nós talvez”, disse a historiadora Erika Suzanna Bányai.

O crânio do homem de Lagoa Santa está em exposição no Museu da Lapinha.

 

Tecnologia reconstitui rosto de homem que viveu há 10 mil anos (Foto: Reprodução/TV Globo)

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